Mapa da Desigualdade apontou, em setembro deste ano, que entre a população negra, 47,6% das mortes ocorreram por causa da Covid-19; já entre a população branca foram 28,1%.
Negros
e pardos correspondem ao maior número de vítimas da Covid-19 Fonte: g1.globo.com |
No dia 24/10/2021 (quarta-feira) foi celebrado o "Dia Nacional de Mobilização Pró-Saúde da População Negra" com o objetivo de chamar atenção para a vulnerabilidade deste grupo. Embora todos tenham sido afetados pela pandemia de Covid-19, dados apontam que os negros e pardos correspondem ao maior número de vítimas.
O Mapa da
Desigualdade apontou, em setembro
deste ano, que entre a população negra, 47,6% das mortes ocorreram
por causa da Covid-19; já entre a população branca foram 28,1%.
A pesquisa
feita pelo grupo avaliou a mortalidade de brancos e negros em bairros com
diferentes perfis socioeconômicos na cidade de São Paulo.
Segundo a investigação, negros morreram mais de Covid-19 mesmo nos bairros mais ricos da capital paulista. E o Itaim Bibi, mesmo sendo considerado uma região de menor vulnerabilidade socioeconômica, apresenta uma diferença entre a proporção da população preta e parda que morreu em decorrência da doença.
A
mortalidade materna está associada às limitações de acesso e disponibilidade de
recursos assistenciais para pré-natal, parto e puerpério.
A
vulnerabilidade da população negra sempre foi alarmante devido às desigualdades
socioeconômicas que aflige essa parte da população. Em 2018, antes da pandemia,
mais de 65% dos óbitos maternos foram de mulheres negras, contra 30% de
brancas, de acordo com o Ministério da Saúde.
"As
estatísticas expõem a vulnerabilidade estrutural das mulheres negras no Brasil,
onde esse grupo é historicamente mantido em desvantagens. Em 2019, antes da
pandemia, mais de 65% dos óbitos maternos foram de mulheres negras, contra 30%
de brancas, de acordo com o Ministério da Saúde", analisa, em nota, a
Sociedade Brasileira pela Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente
(Sobrasp).
Informação
é prioridade
De acordo
com a integrante do Grupo de Trabalho Diversidade, Equidade e Segurança do
Paciente da SOBRASP, a enfermeira e docente da Escola Anna Nery /UFRJ e membro
da Câmara de Políticas Raciais/UFRJ, Cecília Izidoro, entre os principais
problemas na área da saúde que impactam mulheres e neonatos negros está a
questão dos dados sobre raça/cor.
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