quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Dia pela Saúde da População Negra: veja dados que mostram impacto da pandemia entre pretos e pardos

Mapa da Desigualdade apontou, em setembro deste ano, que entre a população negra, 47,6% das mortes ocorreram por causa da Covid-19; já entre a população branca foram 28,1%.


Lucas Tavares
Fonte: g1.globo.com
Em 27/10/2021

Negros e pardos correspondem ao maior número de vítimas da Covid-19
Fonte: g1.globo.com


No dia 24/10/2021 (quarta-feira) foi celebrado o "Dia Nacional de Mobilização Pró-Saúde da População Negra" com o objetivo de chamar atenção para a vulnerabilidade deste grupo. Embora todos tenham sido afetados pela pandemia de Covid-19, dados apontam que os negros e pardos correspondem ao maior número de vítimas.

O Mapa da Desigualdade apontou, em setembro deste ano, que entre a população negra, 47,6% das mortes ocorreram por causa da Covid-19; já entre a população branca foram 28,1%.

A pesquisa feita pelo grupo avaliou a mortalidade de brancos e negros em bairros com diferentes perfis socioeconômicos na cidade de São Paulo.

Segundo a investigação, negros morreram mais de Covid-19 mesmo nos bairros mais ricos da capital paulista. E o Itaim Bibi, mesmo sendo considerado uma região de menor vulnerabilidade socioeconômica, apresenta uma diferença entre a proporção da população preta e parda que morreu em decorrência da doença.

A mortalidade materna está associada às limitações de acesso e disponibilidade de recursos assistenciais para pré-natal, parto e puerpério.

A vulnerabilidade da população negra sempre foi alarmante devido às desigualdades socioeconômicas que aflige essa parte da população. Em 2018, antes da pandemia, mais de 65% dos óbitos maternos foram de mulheres negras, contra 30% de brancas, de acordo com o Ministério da Saúde.

"As estatísticas expõem a vulnerabilidade estrutural das mulheres negras no Brasil, onde esse grupo é historicamente mantido em desvantagens. Em 2019, antes da pandemia, mais de 65% dos óbitos maternos foram de mulheres negras, contra 30% de brancas, de acordo com o Ministério da Saúde", analisa, em nota, a Sociedade Brasileira pela Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (Sobrasp).

Informação é prioridade
De acordo com a integrante do Grupo de Trabalho Diversidade, Equidade e Segurança do Paciente da SOBRASP, a enfermeira e docente da Escola Anna Nery /UFRJ e membro da Câmara de Políticas Raciais/UFRJ, Cecília Izidoro, entre os principais problemas na área da saúde que impactam mulheres e neonatos negros está a questão dos dados sobre raça/cor.




Nenhum comentário:

Postar um comentário